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Quinta da Regaleira

A Quinta da Regaleira, na cidade de Sintra, Portugal, é um local místico, fantástico e misterioso, com jardins, grutas, lagos, torres e pequenas construções, além do monumental Palácio da Regaleira.

O terreno fica na encosta de uma montanha, e por isso seus jardins possuem vários níveis. O passeio dentro da Quinta é feito por várias trilhas, inseridas dentro de uma vegetação exuberante.

A melhor maneira de chegar em Sintra, vindo de Lisboa, é de trem. A viagem dura cerca de 40 minutos, saindo da estação do Rossio. Infelizmente no trajeto não há nenhuma beleza para se apreciar, ao contrário da viagem a Cascais, mas ao chegar na cidade esse detalhe é recompensado.

Chegando em Sintra, o caminho que leva até o centro da cidade é muito bonito, valendo a pena ir a pé, se possível. Não é longe, leva só uns 10 minutos (ou mais, dependendo da quantidade de paradas para tirar fotos!). Do centro até a Quinta da Regaleira a caminhada é um pouquinho maior, e subindo, mas vale a pena o esforço porque também é belo.

Para quem não quer ou não pode caminhar tanto, há linhas de ônibus que fazem todos os percursos. É fácil identificá-los na saída da estação de trem e no centro da cidade.

A cidade de Sintra é uma gracinha, então vale a pena programar algumas horas para andar por lá antes ou depois da visita à Quinta da Regaleira. Vale a pena fazer uma refeição em um dos restaurantes tradicionais, e experimentar o travesseiro de Sintra, que é um doce em massa folhada, delicioso!

Trilhas pelos jardins

São várias trilhas que passam por dentro da natureza exuberante e contornam canteiros com plantas belíssimas.

Grutas e túneis

Há um incrível sistema de túneis e grutas (infelizmente não são naturais), que ligam várias partes da Quinta. Os túneis são sinalizados com iluminação no chão para facilitar a locomoção, e por toda parte há aberturas com vistas maravilhosas para um lago. As águas são verdes, porém não de sujeira, mas de plantas. É muito bonito.

Poço iniciático

Como tudo no local, o Poço Iniciático está cercado de mistérios e misticismos. Acredita-se que era usado em rituais de iniciação à maçonaria, por isso o nome. A escadaria do poço possui nove patamares separadas por lances de 15 degraus, em espiral. No fundo está embutida, em mármore, uma rosa dos ventos.

Quando se chega lá embaixo a saída é por um caminho de pedras sobre o lago. E tem que ter equilíbrio para passar!

Torres e construções

Andando por lá, encontram-se torres, pequenos castelos e uns banquinhos muito charmosos para um descanso…

Palácio da Regaleira

Infelizmente, no dia da visita esse imponente palácio estava fechado para reforma, mas deu para passear em seus arredores.

No caminho que dá acesso ao castelo há belíssimas estátuas de deuses greco-romanos.

Um pouco de história...

O texto abaixo foi retirado do site oficial da Quinta da Regaleira, que pode ser acessado para mais informações sobre o local: http://www.regaleira.pt/pt/

“A Quinta da Regaleira constitui um dos mais surpreendentes monumentos da Serra de Sintra. Situada no termo do centro histórico da Vila, foi construída entre 1904 e 1910, no derradeiro período da monarquia.

Os domínios românticos outrora pertencentes à Viscondessa da Regaleira, foram adquiridos e ampliados pelo Dr. António Augusto Carvalho Monteiro (1848-1920) para fundar o seu lugar de eleição. Detentor de uma fortuna prodigiosa, que lhe valeu a alcunha de Monteiro dos Milhões, associou ao seu singular projecto de arquitectura e paisagem o génio criativo do arquitecto e cenógrafo italiano Luigi Manini (1848-1936) bem como a mestria dos escultores, canteiros e entalhadores que com este haviam trabalhado no Palace Hotel do Buçaco.

Homem de espírito científico, vastíssima cultura e rara sensibilidade, bibliófilo notável, coleccionador criterioso e grande filantropo, deixou impresso neste livro de pedra a visão de uma cosmologia, síntese de memória espiritual da humanidade, cujas raízes mergulham na Tradição Mítica Lusa e Universal. A arquitectura e a arte do palácio, capela e demais construções foram cenicamente concebidas no contexto de um jardim edénico, salientando-se a predominância dos estilos neo-manuelino e renascentista.

O jardim, representação do microcosmo, é revelado pela sucessão de lugares imbuídos de magia e mistério. O paraíso é materializado em coexistência com um inferius – um dantesco mundo subterrâneo – ao qual o neófito seria conduzido pelo fio de Ariadne da iniciação.

Concretiza-se com estes cenários a representação de uma viagem iniciática, qual vera peregrinatio mundi, por um jardim simbólico onde podemos sentir a Harmonia das Esferas e perscrutar o alinhamento de uma ascese de consciência que viaja pelas grandes epopeias. Nele se vislumbram referências à mitologia, ao Olimpo, a Virgílio, a Dante, a Camões, à missão templária da Ordem de Cristo, a grandes místicos e taumaturgos, aos enigmas da Arte Real, à Magna Obra Alquímica. Nesta sinfonia de pedra revela-se a dimensão poética e profética de uma Mansão Filosofal Lusa. Aqui se fundem o Céu e a Terra numa realidade sensível, a mesma que presidiu à teoria do Belo, da Arquitectura e da Música, que a concha acústica do Terraço dos Mundos Celestes permite propagar pelo infinito.”

Este post tem 2 comentários

  1. Márcia Luísa

    É um passeio imperdível!

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