Bologna, na Itália, está localizada aos pés do Apenino Tosco-Emiliano, uma cadeia de montanhas que separa as regiões da Toscana e da Emilia-Romagna, sendo, desta última, a capital. A cidade é conhecida como La Rossa (A Vermelha), em razão dos seus prédios medievais de terracota, material constituído por uma argila porosa de cor marrom-avermelhada. Outra característica da cidade são os pórticos que cobrem as calçadas.
É lá que está a universidade mais antiga da Europa, a Università di Bologna, onde estudaram personalidades famosas como Dante Alighieri e Copérnico.
Bologna é uma daquelas cidades que está no caminho de muitos roteiros pela Itália, pois sua estação de trem (Bologna Centrale) geralmente é parada obrigatória para fazer baldeação para outro lugar. Foi o meu caso quando fui de Verona para Florença, e precisava trocar de trem.
Assim, não poderia perder a oportunidade de conhecer, pelo menos um pouquinho, essa cidade. As malas ficaram guardadas na estação e fiz um passeio de 3 horas por lá com a minha família.
Saindo da estação, seguimos pela Via dell’Indipendenza (fica a uma curtíssima caminhada à esquerda), andando sob os belíssimos pórticos que cobrem as calçadas, até a Piazza del Nettuno e a Piazza Maggiore, que é o centro histórico de Bologna. Na volta, pelo outro lado da avenida, para apreciar as construções de outro ângulo, o passeio terminou na Scala Della Montagola, bem próxima à estação de trem.
Mas Bologna é muito mais do que esse pedacinho que eu conheci, valendo uma estada maior para conhecê-la adequadamente.
Piazza del Nettuno
O centro da praça é a Fonte de Netuno, um chafariz projetado em 1563 por Tommaso Laureti, com estátuas em bronze feitas por Giambologna. Netuno, no alto, é rodeado por ninfas, que retratam os maiores rios das quatro partes do mundo: o Nilo, o Danúbio, o Amazonas e o Ganges.
Curiosidade: Diz a história que, quando a estátua de Netuno estava quase pronta, o cardeal de Bologna ficou escandalizado com o tamanho do órgão sexual esculpido, e pediu ao artista que o diminuísse. Giambologna acatou a ordem, mas criou uma ilusão na estátua, fazendo que, quando vista por trás, o dedo da mão esquerda de Netuno pareça um órgão ereto, além de adicionar, na base da fonte, ninfas jorrando água pelos seios.
De um lado da fonte, o Palazzo Re Enzo, construído em 1245 como extensão do Palazzo del Podestà, e do outro a Biblioteca Salaborsa.
Piazza Maggiore
Logo ao lado da Piazza del Nettuno, esta praça é o centro histórico e coração da cidade, rodeado por belos e importantes construções. No local acontecem festivais de cinema e de verão, e no fim de ano a queima de fogos de artifício.
Um dos prédios é o Palazzo d’Accursio, ou Palazzo Comunale, antiga sede do governo de Bologna e onde trabalhavam os Anziani, o conselho dos anciões da cidade. Hoje o palácio abriga dois museus e a Biblioteca Salaborsa (a fachada, muito extensa, vai até a Piazza del Nettuno).
O Palazzo del Podestà foi construído nos anos 1200 para sediar o governo da cidade. Mais tarde, quando a sede foi transferida para o Palazzo Comunale, o prédio passou a ser um teatro. Hoje é um museu, aberto para visitação.
A Basílica de San Petrônio é a principal igreja de Bologna. Sua construção iniciou-se em 1390, mas foi terminada somente em 1659, porém com duas estruturas diferentes na fachada: a parte de baixo de mármore e a de cima de tijolinhos.
Pórticos
Bologna também é conhecida como a cidade dos pórticos, em razão da enorme quantidade dessa estrutura que confere uma característica arquitetônica à cidade. São bonitos, com decorações nos tetos, e a cada trecho que se anda podem ser observados pórticos diferentes.
Scala della Montagnola
É uma escadaria que dá acesso ao Parque de Montagnola. Fica em frente à Via dell’Indipendenza, no caminho para a Piazza Maggiore. Ao subir a escada se tem uma vista muito bonita da cidade!
As duas torres
Construídas há mais de 800 anos, as duas torres são um conhecido ponto turístico da cidade. Denominadas Garisenda e Asinelli, são as mais bonitas e bem conservadas das poucas que restaram em Bologna.
As torres eram usadas como locais de defesa em tempo de guerra e revoltas populares, mas também os nobres as construíam como símbolo de ostentação. Quanto mais alta a torre, maior a riqueza.
Estão localizadas no caminho para a Piazza Maggiore, na intersecção de duas ruas, impossível não vê-las.
Que maravilha